O Governo do Tocantins lançou um programa que pretende revolucionar o sistema educacional do Estado, propondo avanços em diversas áreas. Todos essas medidas farão parte do Programa de Fortalecimento da Educação (Profe), lançado nesta terça-feira (25) pelo governador Wanderlei Barbosa, em cerimônia bastante prestigiada no Palácio Araguaia.
“A educação é algo prioritário nas nossas vidas e temos o dever de fazer o melhor possível”, disse o governador Wanderlei Barbosa.
Uma das grandes novidades do programa é o pagamento da Bolsa Permanência para alunos carentes de Tempo Integral que estejam cursando o 9º ano ou o Ensino Médio do Tocantins. Serão pagas nove parcelas de R$ 100 por mês aos alunos beneficiados e a décima parcela no valor de R$ 1.000, que será paga em dezembro.
Na primeira fase do projeto, serão atendidos cerca de 11 mil alunos de todo o Estado, mas a proposta é aumentar para 15 mil alunos da rede pública de ensino atendidos até o final de 2023. O primeiro pagamento para os beneficiados com o programa será feito já no mês de agosto deste ano.
O secretário da Educação do Estado, Fábio Vaz, explicou que esse recurso virá dos repasses feitos pelo Governo Federal. “É um dinheiro que retroalimenta. Quanto mais o Estado investir na educação de tempo integral, mais o Governo Federal repassa recurso”, afirmou.
Segundo Vaz, hoje o sistema estadual de ensino possui 7 mil alunos de tempo integral, que representam R$ 15 milhões extras de repasse do Governo Federal. “Se nós tivermos 30 mil alunos, nós teremos R$ 60 milhões a mais para investir em Educação. Esse é um dinheiro que vamos investir no próprio aluno”, garantiu.
Para o secretário, a Educação em Tempo Integral precisa despertar o interesse dos estudantes. “Temos aqui em Palmas o colégio Santa Rita, que tem capacidade para atender 1.600 alunos, mas que hoje tem 200 matriculados. O CEM de Gurupi, que é uma escola de 1.500 alunos, mas que hoje tem 100 alunos estudando. Essas escolas estão recebendo investimentos do Estado, mas o aluno precisa se sentir atraído pela Escola. Para isso precisa ter uma educação diferente. Teremos um olhar muito profissional para essas escolas, com um eixo de educação profissionalizante dentro do Profe e também as Bolsas Permanência, porque nós sabemos que o aluno tem necessidades, principalmente o aluno do 9º ano e do Ensino Médio, que precisa muitas vezes complementar a renda da família”, explicou o secretário.
O cadastro dos alunos que receberão a Bolsa Permanência já deve começar a ser feito pela Secretaria da Educação do Estado.